1° Encontro dos Pais de Filhos com o Transtorno do Espectro do Autismo (Tea)

Saúde

01/09/2022

Uma tarde com muita emoção, lágrimas e fortes relatos de mães e pais que têm filhos deficientes, o 1° Encontro dos Pais de Filhos com o Transtorno do Espectro do Autismo (Tea) foi marcado por histórias e experiências de familiares de autistas no Centro Municipal de Educação Inclusiva, com a psicóloga e coordenadora do setor, Simone Batista.

Além de falar sobre o transtorno, a psicóloga Simone Batista destacou que sua preocupação dessa vez foi cuidar e oferecer apoio aos familiares dos mais de 70 estudantes matriculados na rede e que, muitas vezes, não sabem como lidar e se adequar às novas realidades de um membro familiar autista ou com deficiência. 

“Foi um encontro em que conversamos sobre a saúde mental dos pais de pessoas com autismo, pois no cenário atual tem crescido muito o número de pessoas com ansiedade, depressão, síndrome do pânico, etc. Por isso, neste encontro, realizamos dinâmicas reflexivas com os pais e familiares”, explicou a coordenadora. 

Uma das mães presentes foi Ivania Fernandes, 44, ela agradeceu pela palestra oferecida e destacou a importância dela para os pais. “Muito bom porque tenho uma filha autista, está ajudando muito a gente, que não sabemos como envolver [com autista]. Gostei muito e continuarei participando desses encontros”, agradeceu a mãe. 

Muito emocionada, a dona de casa Vanessa Silva, de 31 anos, também relatou suas experiências durante o bate-papo, as dificuldades desde a sua gestação, entre outros. Ela ainda relatou que chegou na reunião para desabar com as mães e psicóloga.

“Muitas vezes os pais são esquecidos, mas são eles que lutam no dia-a-dia. É difícil lutar contra a sociedade, se posicionar e mostrar que seu filho não é um coitado e, apesar das limitações, tem grandes potenciais. A gente só precisa de ajuda, acolhimento e, principalmente, direcionamento”, finalizou agradecida a mãe do pequeno Pedro Henrique, de 3 anos. 

Por conta do grande número de alunos e alunas que estão matriculados na rede municipal, o Cemei decidiu dividir os familiares entre 3 a 4 grupos, a fim de realizar diversas atividades sobre as emoções, com dinâmicas, trocas de conselhos e experiências, entre outras atividades, com o intuito de aproximar e cuidar de cada familiar. 

Por Ascom/PMBC