Conheça a esporotricose: doença que pode acometer seu animal de estimação

Infraestrutura

13/07/2021

A esporotricose, doença causada por um fungo encontrado na natureza, tem se mostrado mais comum entre animais como cães e gatos. Por tratar-se de uma zoonose, é infecciosa tanto aos animais quanto aos humanos e, no município, sua incidência tem sido cada vez mais recorrente.

O fungo causador da doença é encontrado em locais que apresentam umidade, como plantas, cascas de árvores, espinhos e superfícies pontiagudas. Os cortes e escoriações provocadas na pele do animal promovem a proliferação da doença.

De acordo o médico veterinário Jordan Novaes, os últimos quatro anos apresentaram uma crescente dos casos de esporotricose na região, sendo os gatos os animais mais suscetíveis à evolução da enfermidade.

A doença se manifesta, em grande parte, com a formação de feridas avermelhadas, que não causam dor ou coceira, mas acometem, principalmente, a cabeça e patas do animal. Podendo aparecer também nas mucosas, pulmões, ossos, articulações e sistema nervoso central do bichinho.

Penetração

No organismo, a esporotricose entra por meio de feridas na pele ou pequenas lesões. Por isso, o veterinário alerta para o fato de que: “tanto os humanos quanto os animais apresentam feridas de difícil cicatrização. Nos gatos, geralmente acometidos no focinho, uma dificuldade respiratória é causada.”

Jordans explica que a intervenção clínica capaz de apontar o diagnóstico deve ser feita em conjunto a exames com um profissional. Caso confirmada a contaminação, é preciso que o dono do animal procure acompanhamento do médico veterinário.

“Tutores, principalmente dos gatos, devem sempre proteger seu pet evitando que os animais tenham acesso livre à rua, podendo assim, diminuir a disseminação da doença. Medidas como a castração são importantes, pois ajudam na permanência desses animais em casa, diminuindo seu instinto predatório e evitando o risco de contágio e disseminação”, orienta o veterinário.

É preciso que os donos dos animais redobrem os cuidados e atenção em caso de saída ou “fuga” dos bichinhos, ficando atentos a arranhões e feridas. A recomendação é de que, caso observe algum sintoma, procure um médico veterinário, pois somente ele poderá orientar o melhor tratamento.

Jordans ainda alerta para os animais que apresentam feridas que não cicatrizam: “É preciso evitar contato direto com a lesão e ter cuidado com a arranhadura ou mordedura. Caso isso ocorra, lavar imediatamente com água e sabão.”

O que fazer em caso de suspeita da doença

Em caso de suspeita de esporotricose é preciso contatar o setor de Endemias para avaliação da médica veterinária do município e, posteriormente, encaminhamento às medidas necessárias.

Além do atendimento virtual, por meio do email, os profissionais podem se deslocar até as localidades para análise visual do animal, a fim de precisar o diagnóstico do animal. Após a avaliação, se constatado o diagnóstico positivo para a esporotricose, a equipe conversa com o tutor do animal para que encontrem a melhor saída.

A eutanásia (sacrifício do animal), é tida como último recurso. O procedimento é devidamente orientado pela veterinária do município, além da avaliação da vigilância epidemiológica.

Para mais informações, tutores de animais podem procurar a equipe na Unidade de Saúde do bairro Bom Retiro, na rua Roduzindo Santos, ao lado da quadra José Di Lauro. Os profissionais ficam na Unidade de combate às endemias e estão à disposição para solucionar quaisquer dúvidas. Email: denguebc2021@gmail.com.

Por Ascom/PMBC