Cólera, sintomas e prevenção. Saiba como se proteger!
Saúde
03/05/2024
Você sabia que foi confirmado pela Sesab no mês de abril um caso de cólera autóctone em Salvador? Mediante ao surgimento desse caso, a Prefeitura Municipal de Barra do Choça, por meio da Secretaria de Saúde, vem a público informar a população sobre sobre essa doença, sintomas, transmissibilidade e prevenção.
A cólera é uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda, transmitida pela contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água ou alimentos contaminados. Geralmente a infecção é assintomática ou causa diarreia leve, mas também pode se apresentar de forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e cãibras.
Quando não tratada prontamente e da forma correta, a cólera pode evoluir para quadros mais graves e provocar complicações, como desidratação intensa, levando, inclusive, à morte.
O período de incubação da bactéria, tempo que leva para provocar os primeiros sintomas no organismo, varia de algumas horas a 5 dias da infecção. Na maioria dos casos, esse período é de 2 a 3 dias. O período de transmissibilidade perdura enquanto a pessoa estiver eliminando a bactéria nas fezes, o que ocorre, na maioria dos casos, até poucos dias após a cura. Para fins de vigilância, o período aceito como padrão é de 20 dias.
CAUSA:
A cólera é causada pela ação da toxina liberada por dois sorogrupos específicos da bactéria Vibrio cholerae (sorogrupos O1 e O139). A toxina se liga às paredes intestinais, alterando o fluxo normal de sódio e cloreto do organismo. Essa alteração faz com que o corpo secrete grandes quantidades de água, o que provoca diarreia aquosa, desidratação e perda de fluidos e sais minerais importantes para o corpo.
Observação: Vibrio cholerae de outros sorogrupos (não O1 e não O139) e dos sorogrupos O1 e O139 que não produzem toxina não causam cólera. Podem causar diarreia, porém menos severa que a cólera e sem potencial epidêmico.
TRANSMISSÃO:
A transmissão da cólera ocorre por via fecal-oral, ou seja, pela ingestão de água ou alimentos contaminados, ou pela contaminação pessoa a pessoa. Os alimentos, de forma geral, podem ser contaminados durante a cadeia produtiva e durante sua manipulação.
Além disso, como o agente causador da cólera faz parte do ambiente aquático, pode se associar a mariscos (crustáceos e moluscos), peixes e algas, entre outros, possibilitando a transmissão da cólera se esses alimentos forem consumidos crus ou mal cozidos.
FATORES DE RISCO:
Os principais fatores de risco para a cólera são:
Condições precárias de saneamento básico;
Consumo de água sem tratamento adequado;
Condições precárias de higiene pessoal;
Consumo de alimentos sem higienização e manipulação adequadas;
Consumo de peixes e mariscos crus ou mal cozidos.
COMPLICAÇÕES:
As complicações da cólera são decorrentes do total estado de esgotamento do corpo, causado pela diarreia e pelos vômitos. Essas complicações ocorrem mais frequentemente em pessoas mais vulneráveis, como idosos, diabéticos, desnutridos, portadores do vírus HIV e aquelas pessoas que têm patologia cardíaca prévia. A desidratação, se não tratada prontamente e da forma adequada, leva à deterioração progressiva da circulação, da função renal e do equilíbrio de água e minerais no corpo, causando dano a todos os sistemas do organismo.
Como consequência, podem ocorrer as seguintes complicações:
choque hipovolêmico (diminuição da quantidade de sangue circulante no corpo);
necrose renal;
fraqueza intestinal;
queda de potássio no sangue, levando a arritmias cardíacas;
hipoglicemia, com convulsões e coma em crianças.
Em gestantes, o choque hipovolêmico pode induzir a ocorrência de aborto e parto prematuro.
Essa doença está ligada diretamente ao saneamento básico e à higiene. Como anda a sua higiene e das pessoas que moram na sua casa?
Fique atento aos cuidados necessários e proteja você e sua família!
Com informações do site do Ministério da Saúde.
Por Ascom/PMBC.